Si, si!
Eu fui lá.
E há paraíso.
E não é ele artificial, nem real, mas é só paraíso.
E era Deus ausente.
E era Deus ausente.
Disseram-me que viajou,
sem data para o eterno retorno.
Deixou uns mapas desenhados nuns traços tão finos, tão sutis que não pude ver com os olhos de gente,
ao menos estes meus,
acostumados a grudar palavras ao que é tão só de olhar.
Os bichos, os petizes, quiçá, eles!
Poderão estes saber nas garatujas divinas setas que levam aos caminhos espontâneos
ao instante premente, a toda surpreza,
ao sorriso, este sim, o Grande Delírio
a nos restar diante e dentro
da beleza que é este mundo.
E sem as legendas,
que estão também em língua esquecida,
sobrou-me o espanto e algumas lágrimas,
sentindo o agradecimento por nada,
de ter estes meus olhos,
que ainda cansados,
puderam trazer pra você
este muído e distraído instante
feito de fotos das nuvens
plantadas nos caminhos dos céus.
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