25.4.18

Carta aos orientandos

Perdão se hoje fui rude, ríspido, seco, engraçado e/ou autoritário em demasia.
Ando dramático demais.

Falei mais do que devia. Como sempre! Mania deste professor, profissão, profecias... Me ajuda a escutar o que você tem a ensinar? Vai?! Ajuda!

Me pede para parar no meio da frase. Que a sentença eu não cumpra, não conclua. Faça que eu entenda. Me ensina, vai!
Tira a minha autoridade e traga a sua. Troca de papel comigo?
Leia os manuais, os compêndios, ensina os meus olhos a perceber os seus rastros no deserto. Que possa enxergar as suas bandeiras, batalhas inglórias do pensamento, seus labirintos, os monstros, a distração ou os devaneios enquanto você (re)inventa o seu mundo. Expressa. Conta. Apaga e reescreve o mundo na sua ação refletida com o coração. Estuda. Estude muito o seu mundo e depois me diz, mostra, conta-nos das tramas e urdiduras que ele tem.
Vai rapaz
Vai moça,
Traga o seu fôlego.
Ao verbo!




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Utopia!

Estamos necessitados de esperanças, de esperançarmos a continuidade da nossa história.
Se a moça ao lado, aquela dos símbolos e dos significados, diz o que diz do ponto de vista do ódio, lava as mãos dela e reclama uma realidade projetada por sinais dados pelo mercado e não pela utopia, é hora de retirada!




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Na casa

*
Na asa

*
Na casa dos sete espelhos
Quantas faces
a face tem?
Rubra
Opaca
Neve
Metal frio infinito
Laca
Composto
Antiga trinca,
Uma rachadura.





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Eckhart

Os Portadores da Frequência

O movimento exterior para a forma não se expressa com igual intensidade em todas as pessoas. Algumas sentem um forte ímpeto para construir, para criar, para se envolverem, para alcançar determinados fins, para criar impacto no mundo. Se forem inconscientes, o seu ego irá obviamente dominá-las e usar a energia do ciclo exterior em proveito próprio. Contudo, isto também reduz substancialmente o fluxo de energia criativa disponível para elas, que têm assim uma necessidade cada vez maior de confiar nos seus «esforços» para obterem o que querem. Se forem conscientes, essas pessoas, nas quais o movimento para o exterior é forte, serão altamente criativas. Outras, após a expansão natural implícita ao crescimento chegar ao fim, levam uma existência exteriormente corriqueira, aparentemente mais passiva e sem grandes acontecimentos.

São pessoas mais introspetivas por natureza e, para elas, o movimento exterior para a forma é mínimo. Preferem regressar a casa do que sair. Não têm qualquer desejo de se envolver intensamente em algo nem mudar o mundo. Se tiverem ambições, geralmente não vão além de encontrar algo para fazer que lhes dê um certo grau de independência. Algumas acham difícil adaptar-se a este mundo. Algumas têm a sorte de encontrar um cantinho protetor onde podem levar uma vida relativamente abrigada, um emprego que lhes proporciona um salário regular ou um pequeno negócio seu. Outras podem sentir-se impelidas a viver numa comunidade espiritual ou num mosteiro. Outras ainda podem tornar-se delinquentes e viver à margem de uma sociedade com a qual sentem ter muito pouco em comum. Algumas optam pelas drogas porque consideram a vida neste mundo demasiado dolorosa. Outras acabam por se tornar curadores ou professores espirituais, ou seja, professores do Ser.

Noutras eras, talvez lhes tivessem chamado contemplativos. Aparentemente, não há lugar para estas pessoas na nossa civilização contemporânea. Porém no novo mundo que está a surgir, o papel delas é tão vital como o dos criadores, dos empreendedores, dos reformadores. A sua função é fixar a frequência da nova consciência neste planeta. Eu chamo-lhes portadores da frequência. Estão aqui para gerar consciência através das atividades da vida rotineira, através das suas interações com os outros ou simplesmente através do facto de «serem».

Desta forma, dotam aquilo que é aparentemente insignificante de um profundo significado. A sua missão é trazer o silêncio do espaço a este mundo, estando absolutamente presentes em tudo o que fazem. Há consciência e, por conseguinte, qualidade em tudo o que fazem, mesmo na tarefa mais simples. O seu propósito é fazer tudo de uma forma sagrada. Uma vez que cada ser humano é parte integrante da consciência humana coletiva, estas pessoas afetam o mundo de forma muito mais profunda do que é visível à superfície das suas vidas.

Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 247)




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