Azul. A cidade está azul. Enfeitada, enluarou-se para embriagar-se com os perfume noturnos das floradas de árvores inebriadas. Os próprios perfumes, as ruas vazias movem-se na noite a passos lentos.
As cácias vulgares, pouco sopradas pelo vento que delas se afasta. Almiscarados açúcares, o perfume do doce perfume, vertigem da satisfação em alcovas de putas antigas. Elas rondam a rua da Lapa. À subida da Paes Leme, o fôlego traga lufadas das doses inebriantes de saudades, desespero do olfato dominado pelos segredos da vida noturna das árvores.
A vida é insuportavelmente ruidosa na noite desta cidade vazia e embriagada de si.
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