Um corte entre as costelas,
a terceira e a quarta.
Um talho no peito.
Um rio, sem ser o Tejo.
Dias escorrem, vãos
Dias escorrem, vãos
dentes e dedos sob sol sempre brando.
Tênues curvas das horas
e as sementes aquecidas sob a terra.
Paris entre os desatinos das águas teima entre desertos e parques, heras, sombras, réstias.
Paris entre os desatinos das águas teima entre desertos e parques, heras, sombras, réstias.
Areia sobre a lente dos relógios não faz parar as horas.
O perfume acre das histórias,
fotografias.
Sussurros do templo: é o presente antes de ontem.
Mister o corpo,
Mister o corpo,
expia a pele,
reconta suspiros,
medos em renovados segredos.
Jorra sangue das páginas.
Jorra sangue das páginas.
Jovens amantes vacilam.
Apagar as luzes dos olhos em bacias de desejos.
Na pele um fio vermelho escavado,
anela o dedo dos noivos.
Cicatriz muda, vazia.
A morte não deixa filhos, não tem sentidos, finalidades, mistérios.
Na pele um fio vermelho escavado,
anela o dedo dos noivos.
Cicatriz muda, vazia.
A morte não deixa filhos, não tem sentidos, finalidades, mistérios.
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