13.11.12
Ir indo
arquitetura da luz
Conseguirá harmonia quem mistura exageros de maravilha, celeste sem fim, tinta o dia fogo, dourado, violeta e carmim sob qualquer e todo azul débil, vário e profundo? Foi o que perguntei ao arquiteto da luz, diante do por do sol que ele trazia. Respondeu-me com olhos a sorrir de soslaio, com o silêncio de quem adormeceu.
Síncope
Voar
Eu nada entendi.
Eu nunca entendi.
Eu apenas chorei junto dele, sem saber se chorar ou saber, qual seria o melhor.
Ele olhou-me e secou as lágrimas.
Deve ele ter entendido coisas que eu nunca alcancei. Jamais alçarei os voos e estados do anjo. Eu não tenho as asas. Eu tenho apenas as minhas emoções.
31.10.12
pele
29.10.12
continente
Caligrafia
Passamanaria
Azul noturno
Azul. A cidade está azul. Enfeitada, enluarou-se para embriagar-se com os perfume noturnos das floradas de árvores inebriadas. Os próprios perfumes, as ruas vazias movem-se na noite a passos lentos.
As cácias vulgares, pouco sopradas pelo vento que delas se afasta. Almiscarados açúcares, o perfume do doce perfume, vertigem da satisfação em alcovas de putas antigas. Elas rondam a rua da Lapa. À subida da Paes Leme, o fôlego traga lufadas das doses inebriantes de saudades, desespero do olfato dominado pelos segredos da vida noturna das árvores.
A vida é insuportavelmente ruidosa na noite desta cidade vazia e embriagada de si.
2.10.12
Congresso ABRACE - Sessão aberta
Teor_espetaculo mailing list
Teor_espetaculo@listas.ufg.br
http://listas.ufg.br/mailman/listinfo/teor_espetaculo
Dia 11/10 - Quinta Feira
9h às 10h30 –
GTs Abertos
Teorias do Espetáculo e da Recepção
Performance e Teatralidades. As Narrativas do Drama
1 - Teorias em Performance
Mauro Rodrigues - UEL.
Rizoma: Fausto. Pesquisa artística, empreendida na forma de experimentos, realizada ao longo dos últimos 4 anos, que resulta em breves improvisações com uma marionete de balcão e temas diversos. Será apresentada uma cena de teatro de animação sobre uma mesa, com boneco antropomorfo articulado, confeccionado em espuma de borracha e madeira. Os procedimentos experimentados são os de animação com manipulação direta, na qual o movimento da marionete é impulsionado sem o auxílio de varas, varetas, fios, gatilhos ou outros suportes; toca-se diretamente o corpo da marionete. Acompanha música mecânica. Improvisação é dirigida a partir dos princípios da mimeses corpórea, do corpo biomecânico da marionete.
2 - O Telos da Educação:
Taís FERREIRA.
Universidade Federal de Pelotas.
"Corpo e imaginação nos anos iniciais: como instigar professoras pedagogas?"
Universidade Federal de Pelotas. UFPel; docente nos cursos de Teatro e Dança. CAPES/PIBID;
coordenadora de gestão de processos educacionais.
3 - As práticas da Teoria: Experiências da Arte contra a Barbárie.
Alexandre Mate
Apontamentos acerca do teatro de grupo na cidade de São Paulo: uma força de combate. São Paulo: Instiituto de Artes - Unesp. Professor Doutor Assistente (Departamento de Artes Cênicas, Educação e Fundamentos da Comunicação).
Na década de 1990, diversos grupos de teatro mobilizados politicamente criam o movimento Arte Contra a Barbárie, cujo escopo de luta contra o mercado reificante faz surgir um programa municipal de fomento transformador do fazer teatral na cidade paulistana.
ABRACE Comunicações GT - Teorias do Espetáculo e da Recepção
Dia 08/10 –
13h00
* TEATRO VISUAL DE LESZEK MADZIK (POLÔNIA, 1970). CINTRA, Wagner. UNESP.
* VIGOTSKI E A CRÍTICA DE LEITOR. O SIMBOLISMO EM HAMLET DE STANISLAVSKI e GORDON CRAIG. BARROS, E.; CAMARGO, R. UFG - FAPEG.
* A CONSTRUÇÃO DO DISCURSO SEMIÓTICO NAS VANGUARDAS TEATRAIS (1890-1930). BRÖNSTRUP, Camila. UFRGS.
* MEMÓRIAS DE CARMEM (PETER BROOK). MATSUMOTO, Roberta. UNB.
* BECKETT COM PÉS DE CURUPIRA – PERFORMANCE EM COMPANHIA – GRUPO MÁSKARA. REINATO, Eduardo . Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
* RESSONÂNCIA CÊNICA DO ATO MUSICAL. OLIVEIRA, Lenine. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
* TRAMAS DE VISUALIDADES CÊNICAS E HÍBRIDOS INESPERADOS: CORPOREIDADE, VESTIMENTA E MEMÓRIA EM IN ILLO TEMPORE (ANA MARIA PACHECO) MARTINS, Rosi. Universidade Federal de Goiás
* TEXTOS EM TRAPOS: PREPARAÇÃO VOCAL TRANSDISCIPLINAR. FERNANDES, Adriana. UFPB.
* PERFORMANCES DA MENTIRA ENTRE CONTADORES DE "CAUSOS" TRADICIONAIS. HARTMANN, Luciana. UnB.
* CÉLULAS COREOGRÁFICAS COMO FRAGMENTO DE MEMÓRIA: VIEWPOINTS TÉCNICA DE COMPOSIÇÃO DO ESPETÁCULO BREVE BOCCA, Luiza O. UFBa.
* TEATRO DE OBJETOS – REFLEXÕES SOBRE UM TEATRO HÍBRIDO E MARGINAL. D'ÁVILA, F. UNESP.
* MEDIAÇÃO, INTERAÇÃO E PRODUÇÃO DE SENTIDOS: PROTOCOLOS DE RECEPÇÃO & PROTOCOLOS DE PROCESSO. RODRIGUES, Mauro R. UEL
GT Teorias do Espetáculo e da Recepção – 10 anos
Dia 09/10
13h00
* MEMÓRIAS E IDENTIDADES KALUNGA EM CENA. COSTA, E.; MATSUMOTO, R. UnB
* A DRAMATURGIA DO ESPECTADOR E O LUGAR DE SUA EXPERIÊNCIA. MASSA, Clóvis Dias. UFRGS.
* A CENOGRAFIA VIVA DO GRUPO XPTO DE TEATRO. OLIVEIRA R.
* ESTÁ À VENDA O JARDIM DAS CEREJEIRAS – UMA PROPOSTA DE DRAMATURGIA E ENCENAÇÃO. ELIAS, Larissa. UFRJ.
* FORMAÇÃO EM PALHAÇO: REFLEXÕES METODOLÓGICAS SOBRE O PROCESSO DE APLICAÇÃO DE METODOLOGIA DE FORMAÇÃO DE NOVOS PALHAÇOS NA DISCIPLINA TEAC 1, NO DEPARTAMENTO DE ARTES CÊNICAS. OLIVEIRA, Denivaldo C.. Universidade de Brasília.
* A DRAMATURGIA DO ATOR E OS DOCUMENTOS NA TRILOGIA DE GUERRA DA AMOK.TELZER Andrea. UNIRIO.
* UMA EXPERIÊNCIA ENTRE O TEATRO E O CINEMA: O CORPO NO LUGAR ERRADO. FISCHER, R. UNB.
* O RISO E O ESPECTADOR SOTEROPOLITANO: REFLEXÕES SOBRE O FENÔMENO DA RECEPÇÃO NOS ESPETÁCULOS "CABARÉ DA RRRAÇA!" DO BANDO DE TEATRO OLODUM E "BERLINDO" DO GRUPO DE TEATRO FINOS TRAPOS LIMA, F. UFBa
* IMAGENS DE RUPTURAS: INVESTIGAÇÃO PARA UM ENCONTRO ENTRE CINEMA TEATRO E PERFORMANCE . MELLO, J. UNB.
* FORMAÇÃO DE PLATEIAS: UM DESAFIO DE ACESSO FÍSICO E/OU LINGUÍSTICO? MORAES, Martha Lemos. Universidade de Brasília.
* A GESTUALIDADE EM A NOITE DOS PALHAÇOS MUDOS. CIA MINIMA SÃO PAULO BASTOS, Lilia Nemes. Unesp.
* ENTRE EFEITOS DE SENTIDO E DE PRESENÇA: RECEPÇÃO, JOGO, MEMÓRIA E MUNDIVIVÊNCIA. Werlesson Grassi. Unirio.
* SENTIDO E ESTRANHAMENTO NO ESPETÁCULO DANAIDES: INVESTIGAÇÕES SOBRE MEDIAÇÃO. CORADESQUI, Glauber; RODRIGUES, Giselle. Brasília: Universidade de Brasília. Universidade de Brasília.
* ENTRE MEMÓRIAS. BRASÍLIA: GRUPO POÉTICAS DO CORPO. CASTRO, Rita de Almeida. UnB.
* RELATO DO PERCURSO TEÓRICO – PRÁTICO - CRIATIVO: TEXTO / IMAGEM, CORPO / ATOR, OBJETO, CENA E OS ESPECTADORES. BARRETO, Cristiane Santos. UFBA.
GT Teorias do Espetáculo e da Recepção – 10 anos
Dia 10/10
13h00
* EMANCIPAÇÃO DO ARTISTA E O DESENVOLVIMENTO CULTURAL . BARBOSA, Joyce. U.Fed. Bahia.
* O ESTADO DAS PESQUISAS SOBRE TEATRO EM GOIÁS. TEIXEIRA, Ana Paula. UFG.
* MEMÓRIA DA VERDADE FICTÍCIA NA EXPERIÊNCIA DE CONSULTA MÉDICA ENCENADA. CAMARGO. UFPEL.
* CÉLULAS COREOGRÁFICAS COMO FRAGMENTO DE MEMÓRIA: O VIEWPOINTS COMO TÉCNICA DE COMPOSIÇÃO DO ESPETÁCULO BREVE. BOCCA, Luiza Oliva.. UFed. da Bahia,.
* O ESPECTADOR CRIADOR NO ESPETÁCULO PROJETO TEATRO À LA CARTE: NOTAS SOBRE A CONSTRUÇÃO DE UMA "EMANCIPAÇÃO POIÉTICA". PIRES, Graciane Borges. UFRGS.
* ENSAIOQUEPROVOCAPLATEIAQUERE-CONHECE(SE). HAMLET: POSSÍVEIS PONTES ENTRE PALCO E PLATEIA NA CENA TEATRAL CONTEMPORÂNEA. PESSANHA, Sunshine. UFFluminense.
* ATOR E ESPECTADOR: DO ENCONTRO AO ACONTECER POÉTICO. PIEDADE, Valquiria Vasconcelos. UDESC.
* AS TRANSFORMAÇÕES TEATRAIS PELO VÍDEO. ROZA, Adriano. UnB
* PONTO DE PARTIDA PARA O PROCESSO CRIATIVO. BARRETO, Cristiane Santos. UFBA.
* O TEATRO NO COTIDIANO ESCOLAR NO VALE DO ITAJAÍ: DIAGNÓSTICO DE UM PROJETO DE MEDIAÇÃO TEATRAL. ROMANO, Olívia Camboim. FURB.
* A INTERSECÇÃO ENTRE ESPAÇO E PODER NA PEÇA TEATRAL "MARIANA PINEDA" CARMÉZZ, Gisele UNB.
* O CAPITÃO E A SEREIA, COMPANHIA CLOWNS DE SHAKESPEARE: TRADIÇÃO OU CONTEMPORANEIDADE TEATRAL? PINTO, Erlon Cherque. UFPB.
* DRUNK DRAG LOVER: O QUE FAZEM DOIS CORPOS EMBRIAGADOS FALANDO DE AMOR? ARAUJO, Samuel. Brasília: Universidade de Brasília. Universidade de Brasília; Mestrado; Marcus Mota. CAPES, bolsista. Ator, Produtor e Bailarino
* O PROCESSO CRIATIVO DE HUGO RODAS NO ESPETÁCULO "OS SALTIMBANCOS". SILVA, Angélica Beatriz Souza e.. Brasília: Universidade de Brasília; Mestranda em Artes;
18.8.12
O tempo
o inapreensível instante
Os dias ficam espertos
Apenas dias memoráveis,
21.7.12
Opera
Presencia o mistério da destilação da sombra, a luz nas copas, dos galhos à ramada.
Abre asas, volutas dos quatro ventos.
Redesenha a memória dos enigmas nas tardes aquecidas.
Evapora o renascer nas manhãs;
Celebra o ouro que em si germina, na cor do orvalho, na pressão da luz universal, na solvência da evaporação do sal.
Combina o princípio do verbo fixo.
No campo da mortal batalha dos dragões solares e lunares, o novo e impermanente espírito.
O Ser/estar, se nunca nasceu, neste dia sem fim, nem começo renasceu.
Aleias de Zínias
Um corte entre as costelas,
Dias escorrem, vãos
Paris entre os desatinos das águas teima entre desertos e parques, heras, sombras, réstias.
Areia sobre a lente dos relógios não faz parar as horas.
Mister o corpo,
Jorra sangue das páginas.
Na pele um fio vermelho escavado,
anela o dedo dos noivos.
Cicatriz muda, vazia.
A morte não deixa filhos, não tem sentidos, finalidades, mistérios.
12.7.12
Carta dos docentes de História da UFPB endereçada ao PPGH solicitando desligamento
PRODUTIVISMO: Carta dos docentes de História da UFPB endereçada ao PPGH solicitando desligamento.
João Pessoa, 02 de julho de 2012
23.4.12
Ítaca
Se contasse, jamais acreditaria...
de aí que às paredes eu e tu confessaríamos.
diante da recusa do meu amante antigo, o silêncio se fez constante.
e passamos às inimizades, esteios, arrimos
onde encontros, jamais outra vez nos vimos
esmaece o espelho da nossa juventude de crédulos
eu vivi uma juventude bélica do amor,
feita batalhas, perdas e conquistas
15.2.12
Valentine's day
Vivente se diz apaixonado: é meloso, grudento e pegajoso.
Diz-se enamorado, mas é emocionalmente dependente, ciumento, choroso, insatisfeito.